Segundo dados da última publicação do Ministério da Saúde, em 2010, foram notificados de 1980 até junho de 2010, 592.914 casos. A taxa de incidência varia em torno de 20 casos por 100.000 habitantes por ano. Para fins de notificação, são considerados casos de AIDS pacientes com contagem de linfócitos T CD4 inferior a 350 células/mm³, a fim de obtenção de maior sensibilidade na vigilância epidemiológica.
Considerando indivíduos com 13 anos de idade ou mais, a principal via de transmissão é a sexual, tanto para o sexo masculino, quanto para o feminino. Entre os casos acumulados entre 1980 e 2010, a proporção é de 20,1% para homens que fazem sexo com homens (HSH), 11,5% para bissexuais e 30,5% para homens heterossexuais. Dentre as mulheres, 87,5% adquirem a infecção por via heterossexual.
Com relação às vias sanguíneas de transmissão, a prevalência em usuários de drogas injetáveis é de 17,2% nos homes e 7,3% nas mulheres, no mesmo período citado acima. Houve queda na transmissão ao longo dos anos tanto para hemofílicos (0,6% em 1993 e 0,1% em 2004), quanto para transfusão sanguínea (2,6% em 1993 e 0,5% em 2004).
O risco de transmissão aumenta com a prática de sexo anal, na presença de úlceras genitais e quando o transmissor apresenta alta carga viral do HIV. A presença de doenças sexualmente transmissíveis, relação sexual no período menstrual e ausência de circuncisão também são fatores que aumentam a transmissão.
A transmissão materno-infantil (TMI) pode ocorrer durante a gestação, no momento do parto ou durante aleitamento. Vários estudos indicam que o grau de imunodeficiência materna interfere na TMI, assim como a alta carga viral no peri-parto, a ruptura de membranas por mais de quatro horas e o trabalho de parto prolongado.