Astaxantina é um importante carotenóide sintetizado principalmente por algas (Haematococcus pluvialis) e fungos (Phaffia rizoma), responsável pela coloração de aves (flamingo), peixes (salmão e truta), crustáceos (camarão e lagosta) e de alguns microorganismos . Além de ser um poderoso antioxidante encontrado abundantemente na natureza, a Astaxantina possui propriedades fotoprotetoras, imunomoduladoras, anticancerosas e cardioprotetoras. Possui 100 a 500 vezes mais poder antioxidante do que outros carotenóides, incluindo o betacaroteno, potencial o qual está relacionado com a sua estrutura química.
Benefícios:
Mecanismo de Ação da Astaxantina
Os grupos hidroxilas dos anéis polares e as cadeias hidrocarbonadas da sua estrutura removem os radicais livres presentes na superfície e no interior das células, resultando na degradação desse carotenóide e, consequentemente, a prevenção da danificação das células e tecidos.
A Astaxantina atua protegendo as células contra danos oxidativos, os quais são gerados por radicais livres ou por espécies reativas de oxigênio produzidos durante reações metabólicas normais do organismo, que atacam lipídios, as proteínas, os carboidratos e até mesmo o DNA.
Estresse Oxidativo
Caracterizado como o desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no organismo, decorrente da geração excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs) e/ou diminuição de antioxidantes endógenos.
Os radicais livres, como o ânion superóxido, hidroxila, alcoxila, peroxila, hidro-peroxila, são quaisquer espécies químicas que contenham um ou mais elétrons não emparelhados em seu orbital eletrônico mais externo, ao passo que as EROs são quaisquer espécies oxidantes altamente reativas, incluindo os radicais livres. Exemplos de EROs não radicalares são o peróxido de hidrogênio, ácido hipocloroso, ozônio, oxigênio singlet e peróxidos lipídicos: todos capazes de induzir a produção de radicais livres no nosso organismo.
As EROs são formadas em diversas situações no organismo como, por exemplo, na síntese de ácidos nucléicos, na destoxificação de xenobióticos, na atividade de células do sistema imunitário, como resposta do processo inflamatório e, na transdução de sinais celulares. Mas, o mecanismo mais relevante da produção das EROs é o nosso metabolismo energético, a nossa respiração, ou seja, essas substâncias são inerentes à vida.
O estresse emocional, a elevada ingestão de ácidos graxos trans, a contaminação por metais pesados, o alto consumo de bebidas alcoólicas, a prática desregrada de atividade física, o consumo exagerado de medicamentos e a exposição a poluentes e toxinas ambientais são fatores determinantes para o aumento da produção de EROs. O excesso de EROs proporciona diversos prejuízos no organismo, desde envelhecimento, patologias crônicas bem como doenças auto-imunes. Essas substâncias reagem com nossas estruturas celulares, danificando-as: comprometem nosso equilíbrio orgânico e favorecem o aparecimento das doenças. Portanto, devemos garantir que nosso organismo elimine o excesso des-sas substâncias deletérias e para isso, contamos com um sistema antioxidante.
Estudos Científicos
Estudo relatou efeitos da ASTAXANTINA na diminuição do “stresse oxidativo” em pessoas obesas ou com sobrepeso
Pesquisadores coreanos realizaram estudo duplo-cego com duração de 3 semanas em 23 indivíduos com sobrepeso e obesos que apresentavam índice de massa corporal IMC > 25 Kg/m2.
Grupo 1: recebeu 5 mg ao dia de Astaxantina ( indivíduos com IMC>25 Kg/m2)
Grupo 2: recebeu 20 mg ao dia de Astaxantina ( indivíduos com IMC>25 Kg/m2)
Grupo 3: controle. (indivíduos com IMC<25 Kg/m2): não receberam a suplementação de Astaxantina
No início do estudo os níveis plasmáticos de dois biomarcadores oxidativos (MDA) E (ISP) foram significativamente maiores nos indivíduos com sobrepeso e obesos quando comparados ao grupo controle, enquanto que o nível do antioxidantes (SOD) e da capacidade total antioxidante (TAC) foram mais baixos nos indivíduos com sobrepeso e obesos.
No final do estudo obtiveram como resultado redução significativa dos marcadores oxidativos MDA e ISP e significativo aumento na SOD e TAC nos grupos 1 e 2, sugerindo portanto que a suplementação baixou o estresse oxidativo e melhorou o sistema de defesa antioxidante. Não houve diferença entre os grupos 1(5 mg/dia Astaxantina) e 2 (20 mg/dia Astaxantina).
Estudo Relatou Aumento da Imunidade Com o Uso de ASTAXANTINA
Pesquisadores coreanos realizaram estudo in vivo duplo-cego com duração de 8 semanas para investigar efeitos causados pela Astaxantina sobre a imunidade.
Grupo 1: recebeu 2 mg/dia Astaxantina
Grupo 2: recebeu 8 mg/dia Astaxantina
Grupo 3: recebeu placebo
No final do estudo obtiveram como resultado aumento significativo de Células T, B e Natural Killers nos grupos 1 e 2 em relação ao grupo 3, concluindo portanto que a Astaxantina promove uma global atividade imune.
Estudo Relatou Aumento da Capacidade do Fluxo Sanguíneo Com o Uso de ASTAXANTINA
Pesquisadores japoneses realizaram estudo duplo-cego com 20 homens cujo tempo de trânsito da circulação sanguínea variava de 45-70 segundos por 100 microlitros. Eles foram aleatoriamente designados para receber Astaxantina 6 mg/dia ou placebo por 10 dias. Após este período, o grupo que recebeu Astaxantina apresentou menor tempo de trânsito sanguíneo (p<0,05) em comparação com o grupo placebo, sugerindo, portanto, que a Astaxantina apresenta potencial de melhorar a microcirculação sanguínea.
Estudo relatou melhora da capacidade cognitiva com o uso de ASTAXANTINA
Pesquisadores japoneses realizaram estudo duplo-cego com duração de 12 semanas em 10 homens com idade entre 50-69 anos que apresentavam esquecimento. Eles foram aleatoriamente designados para receber ASTAXANINA 12 mg/dia ou placebo por 12 semanas. Após este período, foi realizado teste computadorizado de detecção da deterioração cognitiva precoce e obteve-se como resultado melhoras significativas em medidas de tempo de reação, atenção e memória no grupo que recebeu Astaxantina.
Estudo relatou diminuição da fadiga ocular e visão turva com o uso de ASTAXANTINA
Pesquisadores japoneses realizaram estudo duplo-cego com 26 homens com idade entre 38-53 anos que trabalham diariamente com monitores de computador. Eles foram aleatoriamente designados para receber Astaxantina 5 mg/dia ou placebo por 4 semanas. Após este período, o grupo que recebeu Astaxantina apresentou significativa diminuição do cansaço dos olhos e da visão turva quando comparado ao grupo placebo.
Estudo relatou aumento do desempenho e resistência física com o uso de ASTAXANTINA
Pesquisadores japoneses realizaram estudo duplo-cego com 40 estudantes com idade entre 17-19 anos. Eles foram submetidos a testes de aptidão, força e testes de resistência – “squats” (número máximo de dobras do joelho) em seguida foram randomizados para receber Astaxantina (4mg/dia) ou placebo durante 6 meses. Após este período, o grupo que recebeu Astaxantina apresentou um valor 50% maior no aumento da força e da resistência física quando comparado ao grupo placebo.
Referências: