Atualmente há indícios cada vez mais fortes de que a luz visível, com destaque para a azul/violeta, pode ser igualmente danosa, prejudicando a pele e também a via de produção de EROs (Nakashima et al., 2017).
A luz visível é composta por comprimentos de onda que variam de 400 a 700 nm (nanômetros) e podem ser classificadas em cores associadas a cada frequência de seu espectro. As mais curtas se propagam na coloração violeta e aumentam continuamente através da coloração azul, verde, amarelo, alaranjado e, por fim, vermelho.
Sabe-se que quanto menor o comprimento das ondas, maior sua intensidade e seu potencial energético. Desta maneira, a luz azul é considerada como uma luz visível de alta energia, uma vez que possui comprimentos de onda próximos a 434 nm.
Além da luz azul emitida naturalmente pelo sol, estamos cada vez mais expostos através de fontes artificiais de iluminação e por eletrodomésticos com tecnologia LED, como smartphones e tablets, monitores de computador e até mesmo as TVs de tela plana. O LED é utilizado devido ao seu baixo consumo de energia e maior durabilidade, mas essa luz é mais prejudicial do que a gerada pelas lâmpadas incandescentes.
De acordo com estudos, essa luz está relacionada à diversas patologias, como melasma, envelhecimento cutâneo precoce, câncer de pele, eritema, fotodermatoses, geração de radicais livres e indução de danos ao DNA por processos indiretos.
Existem produtos exclusivos no mercado magistral que agem como um filtro na absorção destas ondas de alta energia da luz visível. A luz azul penetra profundamente na pele, danificando cada camada.
Para combater esses radicais livres em excesso no organismo, faz-se necessária a presença de agentes antioxidantes, que podem ser obtidos através da alimentação ou até mesmo da suplementação. Carotenoides, vitaminas e alguns minerais, por exemplo, contribuem com a defesa antioxidante pela participação de enzimas.
Fonte: Consulfarma
Autora: Letícia Oliveira | Farmacêutica Consultora Técnica Consulfarma